Afinal, do que falamos quando falamos em saúde?

O Dia Mundial da Saúde assinala-se, anualmente, a 7 de abril. Esta data foi criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e é celebrada desde 1950. O objetivo deste dia é sensibilizar e educar para a importância dos cuidados de saúde e de estilos de vida saudáveis. No meio de uma pandemia e com um planeta poluído, as doenças relacionadas com a saúde mental, respiratória e física aumentaram. Este ano, a OMS tem-se focado nas medidas urgentes e necessárias a tomar para manter os seres humanos e o planeta saudáveis, de forma a incentivar um movimento para criar sociedades centradas no bem-estar.

 Então, mas de que falamos exatamente quando falamos em saúde?

1. Estado de bem-estar e equilíbrio físico, mental e psicológico;

2. Expressão usada para desejar bem-estar ou felicidade a alguém,

geralmente em brindes ou despedidas;

3. Conjunto das condições de saúde, de higiene e de assistência da população.

Fonte: “saúde”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, 2008-2021.

Aos dias de hoje, conseguimos categorizar saúde em cinco áreas diferentes, que se relacionam e influenciam mutuamente, nomeadamente:

  1. Saúde financeira – dinheiro;
  2. Saúde física e mental – saúde;
  3. Saúde profissional – liberdade;
  4. Saúde emocional – família e amigos;
  5. Saúde espiritual – bem-estar geral.

Mas, é importante refletirmos sobre o motivo da incidência de determinadas doenças não parar de subir, apesar do desenvolvimento global e dos avanços nas áreas da ciência e da medicina.

O que nos estará a escapar?

 Para sermos e nos sentirmos realmente saudáveis, é necessário o equilíbrio entre as diferentes áreas, contudo, vivemos num mundo que gira a um ritmo alucinante e, cada vez mais, sentimos a necessidade de fazer mais, só para acompanhar. Enchemos a agenda de tarefas para sentir que estamos a ser produtivos e acabamos o dia a sentir-nos culpados, ansiosos e frustrados. Vivemos neste loop, na sensação de quenão fazemos o suficiente ao invés de compreendermos o quão importante é desacelerar.

Desacelerar o tempo é uma escolha consciente e nem sempre fácil, no entanto vai permite-nos ser mais felizes e apreciar a vida com mais sentido. Permite-nos deixar de viver no automático e começar a estar presentes. Significa estar realmente presente, estar a viver cada momento, a sentir e a desfrutar das sensações que o nossocorpo nos oferece a cada minuto. Muitas vezes, acabamos a concordar com coisas que não nos fazem felizes, não nos deixam entusiasmadase não nos acrescentam porque nos sentimos culpados emdizer que não. Mas não fazermos algo que não é útil para nós não é um ato de egoísmo – é um ato de amor próprio.  “Quando dizemos que sim a alguma coisa, estamos a dizer que não a outra”.

Sendo o nosso tempo limitado, o que fazemos com ele tem impacto na nossa vida. Se estivermos preocupados em agradar todos à nossa volta, é possível que acabemos a deixar aquilo que nos faz feliz e nos realiza para trás. É fundamental definir prioridades e compreender se aquilo com que estamos a concordar está alinhado com os nossos objetivos e valores. Quando o fazemos, abrem-se várias portas que dão oportunidades à prática de desporto, ao convívio presencial com os que nos são queridos e às atividades que nos proporcionam bem-estar.

O verdadeiro desafio reside em encontrar o equilíbrio entre as concessões que são precisas para uma boa convivência física, pessoal, familiar, profissional e social, e aquilo que nos faz realmente feliz. Encontrando este equilíbrio, respeitando o tempo (o nosso e o dos outros) estando completamente presentes e focados, damos o nosso melhor, o que se traduz em bem-estar a todos os níveis, e numa vida mais feliz e saudável.

Com amor, Maria

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